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Rede de Tráfico de Marfim Desmantelada na Província de Gaza

  • Foto do escritor: BP
    BP
  • 8 de abr.
  • 2 min de leitura

No início de março de 2025, as autoridades moçambicanas lançaram uma operação que resultou no desmantelamento de uma rede criminosa envolvida na caça furtiva massiva de elefantes e no tráfico ilegal de marfim, com ramificações desde Chicualacuala até Maputo.


A investigação teve início no distrito de Massingir, província de Gaza, na sequência de informações que indicavam o envolvimento de suspeitos na morte de elefantes dentro do Parque Nacional do Limpopo. Esta ação levou à detenção de um indivíduo diretamente ligado à atividade.


No dia seguinte, as autoridades receberam nova informação sobre um cidadão moçambicano, residente no distrito de Mabalane, alegadamente envolvido na compra e venda de peles de boi — uma fachada utilizada para viabilizar o tráfico de marfim. As investigações revelaram que o suspeito operava nos distritos de Massingir, Mabalane, Mapai e Chicualacuala, e que já tinha sido avistado em Massingir a vender capulanas e roupa usada.


Agentes infiltrados estabeleceram contacto com o suspeito, fingindo interesse na compra de peles de boi. O encontro, que teve lugar em Mabalane, permitiu confirmar que o indivíduo mantinha fortes ligações à caça furtiva e ao comércio ilegal de produtos de fauna bravia.


As diligências seguintes revelaram que o suspeito tinha em sua posse pontas de marfim e atuava em conluio com outros indivíduos baseados em Chicualacuala. Foram então desencadeadas ações operacionais nos distritos de Mabalane e Chicualacuala, com o conhecimento das autoridades locais. Estas ações resultaram na detenção de dois suspeitos e na apreensão de 157 quilos de marfim, correspondentes a dez pontas de elefante.


As autoridades apuraram que se trata de uma rede criminosa mais ampla, com operações desde Chicualacuala até Maputo, e da Zambézia até Maputo, dedicada sobretudo ao tráfico de marfim, cornos de rinoceronte e pangolins. Para dissimular as suas atividades ilegais, os envolvidos fazem-se passar por vendedores ambulantes de roupa usada e compradores de peles de boi — subterfúgios que também facilitam o transporte destes produtos através das fronteiras terrestres.


De forma particularmente alarmante, a investigação revelou ainda que, além do uso de armas de fogo para a caça nas zonas protegidas do Parque Nacional do Limpopo e do Parque Nacional Kruger (África do Sul), os suspeitos também utilizavam veneno nos bebedouros naturais para matar os animais e extrair os troféus.


Esta operação representa um avanço significativo na luta contra o tráfico de fauna em Moçambique e sublinha a necessidade urgente de vigilância contínua, cooperação transfronteiriça e reforço da aplicação da lei para desmantelar redes organizadas de crimes contra a biodiversidade.



 
 
 

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