No dia 19 de Setembro, numa operação conjunta com as autoridades na província de Niassa foram detidos dois traficantes no distrito de Cuamba. Os suspeitos foram apanhados em flagrante a vender um pangolim vivo, juntamente com duas peles valiosas — uma de leopardo e outra de gato serval. Ambos os traficantes encontram-se agora sob custódia.
Os pangolins são dos mamíferos mais traficados no mundo, frequentemente alvo devido às suas escamas, que são muito procuradas para medicina tradicional e bens de luxo. Encontrar o pangolim ainda vivo foi extremamente afortunado, pois estes animais geralmente sofrem em condições desumanas durante o tráfico ilegal, o que muitas vezes leva à sua morte antes de serem resgatados. O pangolim foi agora transferido em segurança para a Reserva Especial do Niassa, onde será submetido a reabilitação. Este é um passo crucial para garantir a sobrevivência do animal, visto que os pangolins são extremamente vulneráveis e requerem cuidados especializados para se recuperarem do trauma físico e psicológico do tráfico. A reabilitação aumenta as chances do pangolim ser reintroduzido no seu habitat natural, onde pode contribuir para o ecossistema, controlando populações de insetos, particularmente formigas e térmitas.
A reabilitação também é importante porque aborda o impacto a longo prazo do tráfico de vida selvagem em espécies ameaçadas. Ao salvar este pangolim e focar-se nos seus cuidados e eventual libertação, os esforços de conservação podem combater diretamente o declínio das populações de pangolins e ajudar a proteger a biodiversidade na região. Esta operação sublinha a importância de intervenções rápidas e da necessidade de esforços contínuos para combater o tráfico ilegal de vida selvagem.
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